Escrito por Leonardo Gonçalves Antunes
Teoria demonstrada na obra de David Ricardo, The Principles of Political Economy and Taxation (1831), que questionava as vantagens absolutas, pensamento de Adam Smith, e idolatrava as vantagens comparativas nas análises de comercio internacional.
Nas elaborações de Ricardo, é usado como exemplo a Inglaterra e Portugal para enfatizar as falhas na teoria de smithiana em relações aos preços.
EX: Portugal, pode produzir vinho e tecidos com menos trabalho do que na Inglaterra.
A produtividade relativa de Portugal e Inglaterra pode ser medida através da relação do quanto de trabalho é necessário empregar para cada unidade produzida do bem, onde esta relação representa os denominados coeficientes técnicos de trabalho. Analisando a relação de Portugal e Inglaterra, e vendo que o primeiro produz ambos os bens com menos trabalho do que a Inglaterra pode-se afirmar que este último possui as chamadas vantagens absolutas, estas vantagens refletem a produção em unidades absolutas, não medindo, portanto o custo relativo da produção, o qual é comparado com o salário de cada país. Agora é possível demonstrar a relação entre os coeficientes técnicos de trabalho e das vantagens absolutas. Os coeficientes técnicos de trabalho são dados pelo inverso da produtividade apresentada. Ao passo que Portugal, por ter uma produtividade relativa menor, apresentaria um coeficiente técnico de trabalho maior, isso mostra que um país que possui vantagens absolutas num bem apresentará um coeficiente técnico de trabalho menor em comparação ao outro país, que não possui tal vantagem. Agora é possível avaliar quanto irá ser produzido dos bens em cada país. As quantidades destes bens, são determinadas através da relação entre o trabalho empregado em cada um dos bens, que em conjunto representam o trabalho total da economia, e da demanda das firmas pela tecnologia, a qual é dada pelo coeficiente técnico de trabalho. Assim o conjunto das combinações de quantidades produzidas representa uma mistura de produtos, o qual compõe a denominada Fronteira de Possibilidades de Produção. As quantidades produzidas apresentam uma relação negativa com tal fronteira, devido à escassez de trabalho. Podemos interpretar esta escassez a partir da situação em que, os produtores só conseguem atrair mais trabalho pagando salário melhor, tal fenômeno motivaria os trabalhadores a abandonarem um setor e irem para outro, sendo que o custo de se produzir mais de um bem representa abandonar parte da produção de outro bem, isto é chamado de custo-oportunidade. Assim um país possuirá uma inclinação mais achatada na FPP conforme seu custo-oportunidade for menor, no caso entre Inglaterra e Portugal, o primeiro apresentará uma FPP mais chata quanto estiver relacionada a vinho, evidenciando um menor custo de produção deste bem neste país quando comparado a Portugal.
Fonte : http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/texto_no._3_resenha_comercio_internacional.pdf
Postado originalmente em: http://economia101.wix.com/economia101
Otimo texto, tirou todas as minhas duvidas
ResponderExcluirParabens