Mesa 5 – Sexta-feira, 21 de novembro,
08:30
TEMA:
Plano Real e a questão da dívida pública
Rodrigo
Vieira de Avila – Auditória Cidadã da Dívida
Na 5ª Mesa da SAECO (Semana de Economia) –
que teve como tema os 20 anos do Plano Real – tivemos a honra de receber o
palestrante Rodrigo Vieira de Ávila (Auditoria Cidadã da Divida) . Esta mesa,
realizada no dia 21/11 pela manhã trouxe como tema central “O PLANO REAL E A
QUESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA”.
Ao longo da palestra, os presentes
puderam compreender, numa linguagem de fácil acesso, as consequências do plano
real no cotidiano, através de um slide mostrando-nos o Orçamento Geral da União
de 2013. Este Orçamento mostra para onde vão as despesas do ano em questão.
Alguns dados que chamaram atenção foram que 40,3% do dinheiro do país são para
juros e amortização da dívida pública. Gastos como educação (universidades
federais, institutos federais e Fundeb) são de apenas 3,7%.
Os dados mostrados podem ser relacionados
com os problemas atuais nos setores de saúde, transporte, educação
governamentais, já que o montante que prioriza o pagamento da dívida pública é
imenso. Os mais beneficiados com esta divida publica são os integrantes do
setor financeiro.
Outro recurso usado foi um gráfico dos
anos 1995-2013, onde o palestrante Rodrigo explicou que o setor PESSOAL E
ENCARGOS SOCIAIS é culpado, incorretamente, pela falta de investimentos para os
cidadãos brasileiros.
Como sabemos e foi debatido, o Plano Real
visava o combate à inflação. No ano de implantação do Real (1994) o Brasil
apresentava altas taxas de juros para que pudesse atrair investimentos estrangeiros
e facilitar a compra de mercadoria barata.
Algumas questões como “O plano real foi
realmente necessário”? foram abordadas, e fica a dica para uma reflexão pessoal
e de maior abrangência do nosso leitor!
Outros dados como a média do IPCA ao
longo destes 20 anos nos mostraram que os preços administrados pelo governo
apresentam uma infla~~ao muito maior do que a media do plano real, e nos leva a
outra questão “Será que o governo realmente quer combater a inflação?”.
Houve citações sobre a criação do Regime
de Metas da Inflação, em 1999.
Outro economista presente na palestra,
Daniel, nos trouxe comparações da dívida publica e os clássicos, como Smith,
que pensava que o dinheiro da dívida era improdutivo, e o capital usado para
comprar títulos não contribuiria com a riqueza da nação.
Trouxe também comparações com Inglaterra
do século XVIII, e outros países da Europa, antes, durante e após o
capitalismo.
Após a Palestra, foi possível o debate
com os colegas e demais presentes, e principalmente o esclarecimento de temas
ligados ao plano real, que antes, para mim, eram de difícil compreensão. E com muita convicção, digo que esta palestra fortaleceu minha vontade de aprendizado neste curso que está só começando.
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(à esquerda o Palestrante Rodrigo, ao centro o representante da organização da SAECO e a direita o palestrante Daniel). |
Att, Karine Kobarg Damázio