O foco do artigo começa no fim dos anos 1980 e abrange até o cenário atual Japonês.
Att, Karine Kobarg Damázio
Atividades
Comerciais e a Industrialização Japonesa
A
reconstrução econômica do Japão teve inicio no período pós-guerra.
Surpreendentemente conseguiu se reerguer usando seus produtos novos e baratos e
exportando-os para países que se reerguiam como Estados Unidos. Devido a sua
situação geográfica, cerca de 90% das matérias primas necessárias precisam ser
importadas. Assim com a fraca atuação da agricultura, esta só sobrevive quando
subsidiada pelo governo. O setor pesqueiro sustenta 15% do volume total
mundial. Na década de 1980, diante de uma bolha nos preços ativos, a economia
teve uma queda de 1,7%. Em 1990 a economia começou um período de estagnação.
Esta estagnação seguida de períodos de recessão, que perduram até atualmente,
foi inicialmente gerada pela alta valorização da moeda nacional, que atingiu em
cheio o setor de exportações, fazendo os lucros caírem pela metade. Esta baixa
atingiu desde o mercado imobiliário, que em meados de 1990 teve uma redução de
incríveis 80%, até os empregos, que vinham em níveis positivos. Mesmo com a
estagnação o setor de construção civil, um dos mais importantes do país,
continuou com seus altos investimentos privados e governamentais, beneficiado
pelas políticas do programa de obras publicas. O investimento em obras era tão
grande, que entre 1999 e 2001, somou-se quase 60 milhões de ienes neste setor.
Pensemos que estes altos investimentos poderiam ter sido divididos mais
igualmente nos outros setores que necessitavam de infraestrutura, mas,
atualmente os dados de IDH do Japão nos mostram que esta politica que iniciou
em 1955 trouxe benefícios extremamente importantes para os habitantes[1]
Entre
o fim do século XX e início do século XXI o crescimento continuou em alta,
porém a concorrência da China conseguiu superar os Japoneses, e em 2001 o Japão
caiu para 3ª maior economia do mundo, e em seguida fez os investimentos
empresariais quebrarem. Este foi um dos motivos para o Japão permanecer em
recessão por alguns anos, apenas se restabelecendo em 2010. E novamente quando
se reerguia foi atingido por desastres naturais que impuseram ao governo uma
nova contração econômica.[2]
Frente à conjuntura econômica atual, que apresenta
altas e baixas das atividades econômicas no país, Shinzō Abe, propôs a abertura
dos setores agrícolas e de serviços a uma maior concorrência estrangeira e,
ainda, arbitra programas de livre comércio com
a União Europeia e países independentes. Entretanto, o ponto central das
discussões econômicas japonesas ainda é o freio nas dívidas públicas que
ultrapassa 200% do PIB. Além disso, uma deflação
persistente, a dependência das exportações para impulsionar o crescimento e o
envelhecimento de sua população são outros grandes desafios de longo prazo para
a economia japonesa.[3]
A partir de 2013, em meio a crise da
carne suína no cenário mundial, Santa Catarina pôde ser o único estado a
comercializar com o Japão, visto que teve, em 2007, o certificado de Zona Livre
de Aftosa sem Vacinação, emitido pela Organização Mundial de Saúde Animal.[4]
[1] POWELL, Benjamin. Explicando a Recessão Japonesa.
2008. Disponível em: <http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=184>. Acesso em: 23 set. 2014.
[2] RAMOS, Rogério.
Conjuntura Econômica Global - Japão. 2013. Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/conjuntura-economica-global-japao/>. Acesso em:
23 set. 2014.
[3] RAMOS, Rogério.
Conjuntura Econômica Global - Japão. 2013. Disponível em: <http://www.infoescola.com/economia/conjuntura-economica-global-japao/>. Acesso em:
23 set. 2014.
[4] DARCI DE BONA (Santa Catarina). Exportação de carne suína catarinense para o Japão
começa em 90 dias: SC
é o único estado brasileiro a possuir certificação de zona livre de aftosa sem
vacinação. 2013. Disponível em:
<http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/economia/noticia/2013/05/exportacao-de-carne-suina-catarinense-para-o-japao-comeca-em-90-dias-4148337.html>.
Acesso em: 06 nov. 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário