segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SAECO - 20 ANOS DO PLANO REAL E A DÍVIDA PÚBLICA

Mesa 5 – Sexta-feira, 21 de novembro, 08:30
TEMA: Plano Real e a questão da dívida pública
Rodrigo Vieira de Avila – Auditória Cidadã da Dívida

Na 5ª Mesa da SAECO (Semana de Economia) – que teve como tema os 20 anos do Plano Real – tivemos a honra de receber o palestrante Rodrigo Vieira de Ávila (Auditoria Cidadã da Divida) . Esta mesa, realizada no dia 21/11 pela manhã trouxe como tema central “O PLANO REAL E A QUESTÃO DA DÍVIDA PÚBLICA”.

Ao longo da palestra, os presentes puderam compreender, numa linguagem de fácil acesso, as consequências do plano real no cotidiano, através de um slide mostrando-nos o Orçamento Geral da União de 2013. Este Orçamento mostra para onde vão as despesas do ano em questão. Alguns dados que chamaram atenção foram que 40,3% do dinheiro do país são para juros e amortização da dívida pública. Gastos como educação (universidades federais, institutos federais e Fundeb) são de apenas 3,7%.

Os dados mostrados podem ser relacionados com os problemas atuais nos setores de saúde, transporte, educação governamentais, já que o montante que prioriza o pagamento da dívida pública é imenso. Os mais beneficiados com esta divida publica são os integrantes do setor financeiro.

Outro recurso usado foi um gráfico dos anos 1995-2013, onde o palestrante Rodrigo explicou que o setor PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS é culpado, incorretamente, pela falta de investimentos para os cidadãos brasileiros.

Como sabemos e foi debatido, o Plano Real visava o combate à inflação. No ano de implantação do Real (1994) o Brasil apresentava altas taxas de juros para que pudesse atrair investimentos estrangeiros e facilitar a compra de mercadoria barata.
Algumas questões como “O plano real foi realmente necessário”? foram abordadas, e fica a dica para uma reflexão pessoal e de maior abrangência do nosso leitor!

Outros dados como a média do IPCA ao longo destes 20 anos nos mostraram que os preços administrados pelo governo apresentam uma infla~~ao muito maior do que a media do plano real, e nos leva a outra questão “Será que o governo realmente quer combater a inflação?”.

Houve citações sobre a criação do Regime de Metas da Inflação, em 1999.

Outro economista presente na palestra, Daniel, nos trouxe comparações da dívida publica e os clássicos, como Smith, que pensava que o dinheiro da dívida era improdutivo, e o capital usado para comprar títulos não contribuiria com a riqueza da nação.
Trouxe também comparações com Inglaterra do século XVIII, e outros países da Europa, antes, durante e após o capitalismo.

Após a Palestra, foi possível o debate com os colegas e demais presentes, e principalmente o esclarecimento de temas ligados ao plano real, que antes, para mim, eram de difícil compreensão. E com muita convicção, digo que esta palestra fortaleceu minha vontade de aprendizado neste curso que está só começando.

(à esquerda o Palestrante Rodrigo, ao centro o representante da organização da SAECO e a direita o palestrante Daniel).


Att, Karine Kobarg Damázio 

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